Dunga e Maradona. Imagem: AP
Por Dassler MarquesAconteceu há exatos 20 anos, em 24 de junho de 1990. A Argentina mandou o Brasil para casa e decretou o que se chamou e até hoje se chama de Era Dunga. O gol de Cannigia após grande jogada de Maradona criou feridas profundas em alguns personagens brasileiros presentes no Estádio Delle Alpi naquela tarde, mas também deu início a uma maldição da camisa argentina.
Desde aquele dia, a Argentina não sabe o que é vencer um jogo de mata-mata em Copas do Mundo durante os 90 minutos. No total, foram oito partidas disputadas desde aquela e os argentinos nunca mais conseguiram repetir o mesmo feito.
Logo depois de despachar o Brasil nas oitavas, a Argentina precisou de duas disputas por pênaltis para eliminar Iugoslávia e Itália, tendo Goycochea como o herói em ambas. Na final, deu Alemanha em 90 minutos.
Nos Estados Unidos, em 1994, a Argentina chegou ao mata-mata sob o polêmico doping de Maradona e caiu diante da Romênia já nas oitavas. Em 98, bateu a Inglaterra nos pênaltis, mas foi despachada pela Holanda de Bergkamp, aos 44min do segundo tempo, nas quartas de final.
Depois de caírem na primeira fase do Mundial da Ásia, os argentinos retornaram ao mata-mata em 2006. Precisaram de prorrogação para vencer o México, mas na fase seguinte caíram mais uma vez. Foi contra a mesma Alemanha de 1990, nos pênaltis, em tarde inesquecível para o goleiro alemão Jens Lehmann.
Nos mesmos 20 anos, a sorte brasileira foi muito maior. Foram 10 vitórias no tempo normal entre 1994 e 2006, além de dois triunfos em disputas por pênaltis. As únicas derrotam foram em 98 e 2006, ambas diante da França de Zinedine Zidane.
Parece que nesta Copa a maldição acabou.
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