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José Maria de Aquino escreveu:
Na segunda coletiva aos jornalistas, os escalados Gilberto Silva e Kleberson, o primeiro chegando à ainda fria, úmida, mas sempre bela Curitiba - por essas condições climáticas e pela excelência do Centro de Treinamento do Atlético-PR, escolhida para a primeira fase de preparação para a Copa da África -, como titular no meio do campo e o segundo brigando por um lugar ao sol, deram excelentes entrevistas, usando, entre outras coisas, do sagrado direito de criticar os críticos.
Entre elas, Gilberto Silva disse que alguns jornalistas derrubam, sem razão, companheiros que estiveram na fracassada campanha de 2006, na Copa da Alemanha, mas que alguns deles mereceriam uma estátua pelo que fizeram na vitoriosa campanha de 2002, quando o Brasil conquistou o penta. Citou Ronaldo, Rivaldo. O capitão Cafu e Roberto Carlos.
Suas críticas aos críticos, as quais endosso em parte, me levou a relacionar jogadores para os quais ergueria uma estátua, que deveriam ser esculpidas revelando o movimento que a arte do futebol pede.
Embora merecesse muitas estátuas, ergueria a primeira delas para Pelé, eternizando em bronze o gol que marcou contra País de Gales, na Copa de 58, encobrindo os zagueiros com um toque na bola por sobre suas cabeças. A segunda dedicaria a Amarildo, o Possesso, que substituiu Pelé na Copa de 62, decidindo jogos, um deles com um golaço chutando cruzado da esquerda.
A terceira estátua dedicaria a Clodoaldo e seria representada pelo movimento com a perna direita passando sobre a bola, para em seguida entrar no gol uruguaio, estabelecendo o empate por um, no finzinho do primeiro tempo, na semifinal da Copa de 70. Além do movimento perfeito, descontrolando seus marcadores, Clodoaldo marcou o gol no momento psicologicamente certo. Se voltasse para o segundo tempo perdendo a partida, o Brasil teria sérias dificuldades para vencer o Uruguai e se classificar para pegar a Itália na final.
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