Passados seis meses do terremoto que devastou o país e deixou cerca de 250 mil mortos, o Haiti ainda não conseguiu entrar na fase de reconstrução.
Representantes de organismos internacionais ouvidos pela BBC Brasil citam o excesso de escombros pelas ruas como um dos principais sinais da "lentidão" com que o país caribenho vem lidando com o desastre.
"O Haiti ainda vive sob escombros. E enquanto o excesso de entulho e lixo não for recolhido das ruas de formas significativa, a reconstrução continuará para depois", diz o brasileiro Ricardo Seitenfus, representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti.
Estima-se que o terremoto tenha deixado 20 milhões de metros cúbicos de entulho e que 5% a 10% desse total teria sido recolhido em seis meses.
"Logo depois do desastre, alguns países enviaram máquinas e equipamentos para ajudar na limpeza dos escombros. Mas tudo isso foi retirado do Haiti meses depois, o que é incompreensível", diz Seitenfus.
"Nesse ritmo levaremos seis anos apenas para lidar com a limpeza", acrescenta.
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