É um mito dizer que o governo federal investe pouco, porque o grosso da receita é direcionado para os gastos correntes. Isso é o que diz a Carta do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas (FGV) deste mês, que fala do baixo nível de investimento público que, hoje, é proporcionalmente menos da metade do que era na década de 1970, apesar do aumento da carga tributária (de 25% para 35% do PIB).
"Em muitas obras em que os recursos para a realização dos investimentos já foram autorizados e empenhados, o que limita a execução são diversos entraves, desde os burocráticos e administrativos até questões ligadas à licitação e controle do Tribunal de Contas da União (TCU)", diz o documento, baseado no levantamento de Mansueto de Almeida, economista do IPEA.
De acordo com a Carta, a questão orçamentária é um problema que aparentemente afeta mais os programas menores, mas não é um fator limitativo ao investimento dos grandes programas, cujos recursos foram autorizados e empenhados na Lei Orçamentária Anual (LOA).
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